quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

domingo, 18 de janeiro de 2015

PASSEANDO COM O ÔNIBUS EM DEBATE - Luis Claudio Rozena Triani

PASSEANDO COM O ÔNIBUS EM DEBATE - É uma idéia que nutro há muito tempo, para focalizar os participantes do hobby de busologia e/ou colecionadores.
Luis Cláudio Rozena Triani abre esta série de entrevistas.
Você poderá ser o próximo, se assim quiser.
Um grande abraço.

Edvaldo Gonçalves

LUIS CLAUDIO ROZENA TRIANI




TRIANI, como é mais conhecido em nosso hobby, nasceu no bairro carioca de Campo Grande em 07/02/1976, na Estr.do Campinho.

Aos 7 anos de idade começou a observar os ônibus. Nesta época morava em Urucânia. Sua atenção era voltada para os ônibus da extinta Viação Santa Sofia. Os modelos que mais o facinavam eram as Carrocerias Caio Gabriela II da linha 839 Cpo.Grande x Santa Cruz e Condor das linhas 831 e 832 Cpo.Grande x Tingui.




Também desenhava esses modelos de carrocerias de ônibus nas capas e divisores de matérias de seus cadernos escolares.



Como quase todos os membros do hobby, sua família não entendia esse entusiasmo.
Aos 14, após o falecimento de sua querida mãe, Sra.Marlene, foi morar em Augusto Vasconcelos, também bairro da zona oeste carioca.
Nesta época estudava em Campo Grande, bairro vizinho, na Escola Municipal Venezuela e utilizava os veículos das empresas Santa Sofia, Feital e Jabour.

 
 
ÔNIBUS EM DEBATE - E que curiosidade você tinha ao andar nos ônibus dessas empresas ?     
 
TRIANI - Curiosidade em saber se tal carro era efetivo daquela linha. Vontade de ver o que estava embaixo das placas de itinerários. Assim comecei a anotar números de ordem e carrocerias de cada empresa, incluindo placas e linhas as quais pertenciam.
 
ÔNIBUS EM DEBATE - Quando foi que você percebeu que não era o único que gostava de ônibus e assuntos correlatos ?
 
TRIANI - Aos 15 anos de idade, quando morava em Vasconcelos e conheci um amigo, o Anilton, mais conhecido pelo apelido de Titinho. Ele também desenhava ônibus e colecionava recortes de jornais. Isso também me motivou a comprar jornais e fazer colagens com fotos de ônibus.                                                                                                                                                   
 


 
 
 
TRIANI - Eu e Titinho fizemos uma parceria para troca de recortes de jornal. Um ano após, através do irmão do Titinho, Edmilson, fui apresentado ao colecionador Luiz Alberto, o conhecido Damásio. Era o ano de 1994 e Damásio, com o tempo, me presenteou com fotos e catálogos de encarroçadoras.
 
 
ÔNIBUS EM DEBATE - Grande Damásio !
ÔNIBUS EM DEBATE - Teria aí começado sua participação no movimento de busologia carioca ?
 
TRIANI - Sim. Nesta época adquiri uma câmera fotográfica Mirage e timidamente comecei a fotografar ônibus juntamente com o amigo Arlindo Jr. Também aí comecei a trocar fotos por correspondência com entusiastas de outros estados.
 
ÔNIBUS EM DEBATE - Conheceu mais alguém nesta época ?
 
TRIANI - Sim. Damásio me apresentou ao amigo Edegar Rios Lopes Filho. Um certo dia fui visitar o Damásio e Edegar já estava lá, comentando sobre uma exposição da qual tinha participado em São Paulo. Já tinha ouvido falar do Edegar através da Revista Rodonal, atual ABRAT.
 
 
 

ÔNIBUS EM DEBATE - E quais as lembranças deste encontro com o Edegar ?

TRIANI - Foi um encontro impactante. Edegar combinou um encontro em sua casa e me presenteou com fotos e folhetos. Através do Edegar, conheci o amigo Paulo Roberto da Fonseca, o conhecido Paulão, falecido em Março de 2007.

ÔNIBUS EM DEBATE - E como era o inesquecível Paulão ?

TRIANI - Paulão era um sujeito muito simples, morador de Marechal Hermes e produzia maquetes, além de fotografar ônibus e visitar garagens.

ÔNIBUS EM DEBATE - Você também passou a fazer visitas a garagens ?
TRIANI - Sim. Através do Edegar e do Gustavo. A extinta Oeste Ocidental foi a primeira garagem que visitei. Destaco aí o Busscar Urbanus F113 Scania. Pedro Oliveira ( in memoriam) e Damião Nunes foram amigos adquiridos nesta fase.

ÔNIBUS EM DEBATE - Você também trabalhou em empresas de ônibus. Conte como foi isso.
TRIANI - Aos 18 anos fui dispensado do serviço militar e alimentava o sonho de visitar a garagem da extinta Viação Santa Sofia. Edegar, Damásio e Gustavo me proporcionaram esta visita. Fomos recebidos na garagem pelo Sr.Paulo Cesar Batista, já falecido. Naquela ocasião ele era o gerente administrativo da empresa. Quando ele soube que eu gostava muito de ônibus, convidou-me para trabalhar como controlador de manutenção de frota. O aval foi dado por Augustinho, o Tinho, filho do saudoso Sr.Augustinho Tavares Maia, sócio majoritário do Grupo Campo Grande - Santa Sofia - Faça Turismo.

ÔNIBUS EM DEBATE - Ficou muito tempo na empresa ?
TRIANI - Trabalhei por 3 anos, saindo em 1998 após a venda da empresa para o Grupo TAU. Aí a Ocidental passou a administrar a Santa Sofia. Nesta época conheci o Rafael ( NIT ) Avellar.

ÔNIBUS EM DEBATE - Continuou no ramo ?
TRIANI - Dali fui para a Transportes Campo Grande como cobrador, por poucos meses. Ainda em 1998, fui ser controlador de estoque na Viação Rubanil.




ÔNIBUS EM DEBATE - E você ainda voltaria a Santa Sofia...
TRIANI - Exatamente. Em 1999 retornei a Santa Sofia e fiquei por mais 3 anos, agora trabalhando no setor administrativo. Em meio a crise que a empresa enfrentava, fui para a Viação Penha Rio. Era o final do ano de 2001. Fiquei na Penha Rio até 2005. De lá fui trabalhar na Transportes Fabio's até o início de 2007, como controlador de estoque. Ali encerrei minha vida profissional em empresas de ônibus, mudando de setor.

ÔNIBUS EM DEBATE - Qual sua maior conquista dentro do hobby de busologia ?
TRIANI - Com certeza amigos como João Guilherme, William Moura, Júlio Cesar Nascimento, Domingos Jr, Fernando ( Fambus ) Machado, Marco Souza, Sydney Junior ( Pelo site Cia de ônibus indicado pelo Edegar ), Elson, José Gusmão, Rafael Avellar, Marcelo Prazs ( Que me foi apresentado pelo Damásio ), Antônio Souza Guedes, Mauro Albuquerque, Augusto Antônio e você Edvaldo ( Através do Ônibus em Debate ).

ÔNIBUS EM DEBATE - Você deixou claro que gostaria de falar sobre sua vivência cristã e de sua doença, quando combinamos a entrevista. Fique a vontade.
TRIANI - Fui para a Igreja Batista aos 14 anos. Seguir os exemplos de Cristo é um caminho de salvação. A fé sem obras é morta, Tiago 2.26. Com Cristo encontramos conforto, esperança, fé e amor ao próximo sem distinção. Quem tem fé, não reclama da vida e nem dos problemas que surgem, pois os obstáculos são encarados como oportunidades de crescimento.

ÔNIBUS EM DEBATE - Verdade...
TRIANI - E eles disseram : " Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa ". AT.16.31

ÔNIBUS EM DEBATE - Jesus é Nosso Modelo e Guia. Continue, por favor...
TRIANI - Em Agosto/2013, aos 37 anos, senti um mal-estar e dor intensa no braço esquerdo, em meio ao expediente de trabalho. Indo ao hospital, após vários exames, constataram tratar-se de um tumor no mediastino. O diagnóstico veio rápido. 85% dos casos de trombose no braço, pode sinalizar um tumor. Com o tempo, através de biópsia, ficou constatado lipoma benigno. Foi um erro de diagnóstico. Voltei a trabalhar.

ÔNIBUS EM DEBATE - E quando o caso se agravou ?
TRIANI - Seis meses depois, em 05/02/2014, dois dias antes de meu aniversário. Tive um desmaio assim que acabei de acordar. Fui socorrido e imediatamente internado. Após os exames, ficou constatado um tumor linfoma localizado na área do tórax. Revezando entre quarto e CTI cheguei a ser transferido para o Hospital Evangélico, na Tijuca. Ali tive a primeira dentre seis sessões de quimioterapia.


ÔNIBUS EM DEBATE - A fé e a religião também foram importantes neste processo. Certo ?
TRIANI - Como falei anteriormente em fé, passar por uma situação dessas de doença, não é nada fácil. Surgem o medo, a insegurança, a vontade de se retrair diante de tudo e de todos. Porém a fé verdadeira, consciente, promove a confiança e a mudança radical da postura diante da vida. Tudo se renova, daí surgiu até casamento. Depois de 5 anos de namoro, tudo foi oficializado.

ÔNIBUS EM DEBATE - Família é tudo...
TRIANI - Viviane, minha esposa, bem como toda a minha família e amigos, juntamente com a fé em Jesus e as orações, tem sido o meu sustentáculo. A misericórdia Divina faz maravilhas.



 
 

ÔNIBUS EM DEBATE - De todas as situações que passamos, podemos tirar ensinamentos. Certo ?
TRIANI - Exatamente. Quero dizer que neste período de tratamento, meu amigo Fábio ( FÁBIO GB ) me incentivou a colecionar fichas de ônibus. O amigo Eduardo Cunha também me presenteou com uma grande variedade de fichas.


 
 
 
 
PING-PONG DO ÔNIBUS EM DEBATE
 
 
1- OD - UM ARREPENDIMENTO :  TRIANI -Nenhum.
2- OD - UM SONHO :  TRIANI - Quis ser locutor esportivo e agora ser missionário.
3- OD - MELHOR MOMENTO :  TRIANI - Estar vivo.
4- OD - HOBBY :  TRIANI - Quarta opção em minha vida. Na ordem : A ) Deus, B ) esposa,  família e amigos, C ) igreja e trabalho e D ) hobby.
5- OD - BÍBLIA :  TRIANI - Única regra de fé.
6- OD - FÉ :  TRIANI - Cura.
7- OD - ALEGRIA :  TRIANI - Esposa, família e amigos.
8- OD - TRISTEZA :  TRIANI - Alguém se desfazer do próximo.
9- OD - BRASIL :  TRIANI - O brasileiro precisa ter amor à sua pátria.
10- OD - JESUS : TRIANI - O Único Amigo que não abandona o amigo no meio do caminho.
11- OD - DEUS : TRIANI - Soberano.
 

 
 
ÔNIBUS EM DEBATE - Quer fazer algum agradecimento ?
TRIANI - Sim. Agradeço o apoio, as orações e peço-lhes que continuem nessa demonstração de amizade por mim, pois ainda há alguns obstáculos a vencer, como sessões de radioterapia.
Quero agradecer a você Edvaldo Gonçalves, ao Ônibus em Debate e a Jesus sempre !
 
ÔNIBUS EM DEBATE - Uma mensagem ?
TRIANI - Jesus Cristo esperança nossa !
 
ÔNIBUS EM DEBATE - Quer deixar um contato ?
TRIANI - O e-mail : luistriani@bol.com.br  e no Face : LUIS CLAUDIO ROZENA TRIANI e MEMÓRIA PRÓXIMA PARADA.
 
 
Amigos, agradeço ao Triani pela entrevista concedida em 20/11/2014.
 
Um grande abraço a todos.
 
Edvaldo Gonçalves